Aula 11 - A RCC e os abusos cometidos contra a Liturgia

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Se bem entendi, esta reflexão se refere a falta de formação dos participantes da RCC. Como sou um Cristão Católico e a 16 anos servo de um Grupo de Oração da RCC, posso te dizer que concordo com você em vários aspectos ou pontos. Quando senti o chamado de Deus para o Ministério da pregação da Palavra, fui buscar formação, não só na RCC como na Igreja, aliás diga-se de passagem, sou Católico antes de carismático. Fui então fazer o curso de Teologia e buscar conhecer a Igreja e sua história, que tem na RCC uma corrente de graça como disse o Santo Padre. Vejo sim que muitos estão precisando de instrução,(Liturgia, Tradição, Magistério), mas não só na RCC, mas em todas as pastorais e movimentos eclesiais. Não somos Carismáticos Católicos e sim Católicos Carismáticos. Não creio que a RCC precise de escrever ou editar documentos sobre Liturgia e afins, pois temos tudo isto da Igreja que fazemos parte. Não somos uma Igreja a parte como alguns pensam, (Inclusive dentro da RCC), fazemos sim parte da Igreja Católica Apostólica Romana. Somos parte do corpo e como tal, inseridos estamos em todas as suas necessidades. Quando exaltamos a diferenças e ou as dificuldades de entendimento dentro do corpo, muitas vezes acabamos esquecendo que aquilo que atinge o pé causará dor na cabeça e vice-versa. Você sitou o Frei Raniero, vou recorrer a um texto em sua terceira pregação sobre o Advento em 2016: Santo Ambrósio, que foi o cantor por excelência, entre os Padres latinos, da sóbria embriaguez do Espírito, depois de ter recordado os dois “lugares” clássicos onde beber o Espírito – a Eucaristia e as Escrituras -, ele menciona uma terceira possibilidade. Diz: "Há também uma outra embriaguez que ocorre por meio da penetrante chuva do Espírito Santo. Foi assim que, nos Atos dos Apóstolos, aqueles que falavam em línguas diferentes apareceram aos ouvintes como se estivessem cheios de vinho". O teólogo Yves Congar, em suas palavras no Congresso Internacional de Pneumatologia, realizado no Vaticano em 1981, por ocasião do XVI centenário do Concílio Ecumênico de Constantinopla, falando dos sinais do renascimento do Espírito Santo em nosso tempo, disse:

"Como não situar aqui a corrente carismática, mais conhecida como Renovação no Espírito? Ela se espalhou como fogo no mato. É muito mais do que uma moda passageira ... Por um aspecto, especialmente, ela se assemelha a um movimento de despertar: pelo seu caráter público e verificável da sua ação que muda a vida das pessoas... É como uma juventude, um frescor e novas possibilidades dentro da antiga Igreja, nossa mãe. Exceto, por muito raras excepções, a renovação se coloca na Igreja e, longe de pôr em causa as instituições tradicionais, as reanima". Uma década após o surgimento da Renovação Carismática na Igreja Católica, Karl Rahner escrevia:

"Não podemos negar que o homem pode fazer aqui em baixo experiências da graça, as quais lhe dão uma sensação de libertação, abrem-lhe horizontes totalmente novos, marcam-no profundamente, transformam-no, plasmando, também por longo tempo, a sua atitude cristã mais íntima. Nada proíbe de chamar tais experiências batismo do Espírito]". Não se trata de aderir a um ou outro movimento na Igreja. Não se trata nem mesmo, propriamente falando, de um movimento, mas de uma “corrente de graça” aberta a todos, destinada a se perder na Igreja como uma descarga elétrica que se dissipa na massa, para depois desaparecer, uma vez cumprida esta tarefa. São João XXIII falou de um "novo Pentecostes", o Beato Paulo VI foi ainda mais longe falando de um “perene Pentecostes”. Em uma audiência geral de 1972, disse literalmente estas palavras:

"A Igreja precisa do seu perene Pentecostes; precisa de fogo no coração, de palavra nos lábios, de profecia no olhar... Tem necessidade, a Igreja, de reconquistar a ânsia, o gosto, a certeza da sua verdade... E depois tem a necessidade, a Igreja, de sentir o refluir da onda de amor por todas as suas humanas faculdades, daquele amor que se chama caridade, e que precisamente está difundido nos nossos corações precisamente pelo Espírito Santo que nos foi dado”.

Deus te abençoe!
Saúde e Paz!

Meu depoimento:

Eu ia para igreja pois era forçado, meus interesses eram em ocultismo, magia, bruxaria, wicca e essas outras ciladas do diabo! Eu defendia coisas impuras como satanismo, tatuagens com símbolos demoníacos etc. Com um tempo, perdi a fé nestas coisas e em tudo. Me tornei Ateu.
Mas minha irmã teve um problema na perna e quis ir num tal grupo chamado Comunidade Raboni de Maria, onde estava havendo uma missa de cura com um padre (que creio que seja exorcista).
Eu fui só por ir, como sempre. Mas chegando lá, percebi que havia algo maior, percebi que tinha um Deus vivo que me ama, seu filho que morreu por mim na cruz e um espírito que é Santo e pode se manifestar em nossas vidas de verdade! Eu me entreguei de corpo e alma a Jesus, então quando ele passou por mim, vivo no Santíssimo, eu cai no chão como várias outras pessoas ali presentes, e assim aconteceu o meu primeiro repouso no Espírito Santo de Deus!!! ❤️✝

Eu me sinto bem na renovação carismática. Minha família pode até dizer que sempre fui católico, mas eu digo com toda a certeza que só fui verdadeiramente católico quando participei daquela missa de cura e me entreguei a Cristo. Antes disso eu apenas desprezava e falava mal da igreja, que Deus me perdoe :/
Meus amigos quando descobrirem que agora faço parte da igreja... Bem, eles nunca irão me entender, apenas criticar...
Mas eu os entendo, já fui como eles.

Fique com Deus, adorei o vídeo!

O Senhor deve estar a falar do rcc do seu País com certeza !