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Bento XVI, acompanhado por um séquito curial romano, visita a principal igreja luterana da Cidade Eterna. Não só a recepção, mas a liturgia faz-nos esquecer que esta é a primeira comunidade fruto da Reforma Protestante. Bento XVI é recebido como um irmão, como um alemão que é, mas impossível não querer ouvir este Papa católico que, com belas palavras e gesticulando como professor que sempre gostou de ser, fala o máximo de Deus que teologia pode oferecer, resultado de anos de dedicação, estudo e oração. Após o sermão do pároco luterano, todos o ouvem com a mesma atenção, como se fossem as mesmas ovelhas do rebanho daquele pastor. E fala-lhe do valor da vida, mas também da preciosidade cristã de doá-las. E o escutam como conhecessem a sua voz: não é outro senão um grande e verdadeiro que lhe fala. Por fim, o então Papa prefere subir ao altar, faz reverência ao crucifixo e abençoa a todos, com 3 cruzes, como a liturgia católica romana. Sua bênção não foi um gesto ao lado de um igual do pároco luterano: sua bênção foi a única nesta celebração, recebida até mesmo pelo próprio ministro protestante. E tinha, antes, falado a todos de unidade, para que o mundo creia. Roma, 14 de março de 2010. Agradecimentos a Eduardo Giroto, pela ajuda na tradução portuguesa do alemão. Créditos das imagens: Centro Televisivo Vaticano. Edição: Direto da Sacristia