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O Elekfantz, projeto dos catarinenses Daniel Kuhnen e Leo Piovezani, deixou na pista do Mystic Stage na abertura da noite de sábado a mesma impressão cravada na sua estréia em outubro na Europa: eles merecem toda a atenção possível. Classificado como indie dance (pelo site Beatport) o duo antecipou o que seria uma das apoteoses dançantes deste festival. Uma performance incrível e eletrificada. A plateia respondeu com um frisson dançante diante da liturgia de texturas, do blues, new wave, rock, house e techno diluídas em uma verdadeira manada de hits: Pharao's Dance, Diggin' on (o single lançado mês passado e que já cravou mais de 100 mil downloads no Soundcloud e rendeu um dos remix da temporada em Ibiza pelo DJ Solomun), She Know's, Why So Bad, Wish (um sampler escaldante de Moddy Waters). A grande cartada é So Damn Classy, uma vigorosa faixa que será o grande trunfo do álbum que a dupla lançará em março de 2014 pelo selo D.O.C. do produtor e DJ Gui Boratto, o padrinho do projeto. Kuhnen e Piovezani cumprem com sobras o desafio de correr riscos no palco, elevando o nível da produção eletrônica para algo orgânico, melódico, intenso percussivo se valendo da arte de ser original dentro da repetição das batidas. É apenas o início de uma promissora e longa jornada para os elefantes catarinenses, que já estão escalados para o festival Lollapalooza Brasil em abril do ano que vem. Ao fim de uma hora de delírio dançante, os discípulos entregaram a pista em ebulição para o tutor e produtor Gui Boratto. O melhor dos mundos para a largada do Mystic Stage.